Visagismo é um conjunto de técnicas que buscam valorizar a beleza do rosto. Atualmente existem dois nomes que são referência no assunto: o francês Claude Juillard e o brasileiro Philip Hallawell.
Falei sobre eles e sobre o que é e como funciona o visagismo no texto Visagismo como ferramenta de autoconfiança e quero trazer aqui parte do trabalho do Philip Hallawell e como essa informação pode somar em nossas vidas.
De acordo com a metodologia do Philip Hallawell o rosto é dividido em nove formatos:
- Hexagonal de lateral reta
- Redondo
- Triângulo de base
- Retangular
- Quadrado
- Triângulo invertido
- Hexagonal de base reta
- Losangular
- Oval
É claro que não podemos esperar encontrar no rosto uma forma geométrica tão pura como mostram as figuras. Não é tão óbvio. Nós apenas verificamos qual a intenção das linhas do rosto de acordo com o sentido para onde ela vai. É preciso então esse olhar para identificar o formato do rosto.
É bem forte na nossa cultura a influência que o padrão de beleza tem. Os padrões praticamente ditam como devemos nos vestir e como devemos ser a partir do que vemos na mídia, nas novelas, nos filmes, nas fotos do Instagram. Se estamos vendo somente pessoas com o rosto oval, concluímos que é assim que nosso rosto deveria ser para ser considerado bonito.
Sim, por muito tempo o formato oval foi considerado o padrão de beleza, principalmente na mulher. Para os homens, para eles talvez até hoje, o formato retangular costuma ser mais valorizado.
Hoje tem mudado. Tem sido mais valorizados rostos com diferentes formatos e é mais natural vermos mulheres com mais ângulos no rosto, por exemplo. Até porque seria uma tarefa impossível encaixar o rosto de todas as bilhões de pessoas do mundo em um formato específico. O que encontramos muitas vezes é o rosto misto.
Se toda forma nos provoca uma emoção e se todos nós temos uma beleza a ser revelada, podemos então, usando o que conhecemos sobre formas e proporções, criar estratégias para valorizar aquilo que gostamos.
Isso pode ser feito, por exemplo, a partir da maquiagem. Podemos com ela equilibrar nossas formas, iluminando aquilo que mais gostamos e disfarçando o que menos nos agrada. O mesmo fazemos para o corpo a partir da análise da silhueta, equilibrando as proporções ombro e quadril.
Também podemos trazer elementos de equilíbrio ao nosso rosto a partir do corte de cabelo e do penteado. Isso depende também de como a pessoa se vê, do que gosta e do que não gosta na sua silhueta, inclusive.
Por exemplo, se a pessoa não gosta de quadril largo e coloca cabelo ou acessórios que direcionam o olhar para a terra, isso vai trazer muita atenção exatamente para essa característica que elas buscam esconder. Então, com o cabelo e com os acessórios conseguimos desviar a atenção para outros pontos.
Mas é muito importante que a gente se lembre que todos nós somos assimétricos, assim como tudo na natureza. Mesmo aquela pessoa mais bela, que chama a atenção de todos, é também assimétrica.
E é na assimetria que mora a beleza. Não precisamos negar, podemos, sim, fazer um bom uso dessa assimetria. Claude Juillard, em seu trabalho de análise do rosto, diz que nosso rosto tem sempre um lado céu, onde todos os elementos são voltados para cima. Boca, olhos, bochecha, a sensação é de que estão mais altos com relação ao outro lado do rosto, o lado terra.
O que importa é como a própria pessoa se sente com relação ao seu rosto. É ela quem vai me dizer como se sente com relação a cada lado. Com o meu olhar técnico avalio e posso até mostrar diferenças e sugestões, para que cada um possa tomar decisões a partir deste conhecimento.
Mas, no fundo, no fundo, só me importa como você se sente.
Por Amanda Moré
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